Fatores de Risco

Eventual pandemia ou a incorrência de outros surtos epidemiológicos, a percepção de seus efeitos, ou a forma pela qual tal pandemia ou surto impactará os negócios da Companhia, poderá ser afetada por eventos futuros, incertos e imprevisíveis, podendo resultar em um efeito adverso relevante para a Companhia e sua capacidade de continuar operando seus negócios

Historicamente, epidemias e surtos regionais ou globais — como os causados pelo zika vírus, ebola, H5N5 (gripe aviária), febre aftosa, H1N1 (gripe suína), MERS, sarampo e SARS — afetaram setores econômicos nos países em que ocorreram. Assim, surtos que alterem o comportamento da população ou exijam medidas públicas de contenção podem impactar negativamente os negócios da Companhia e a economia brasileira como um todo.

Entre os possíveis efeitos estão: redução na demanda por locação de veículos e serviços de transporte; queda nas negociações e distribuição de veículos; férias coletivas implementadas por clientes; restrições de circulação interestadual ou internacional; indisponibilidade de motoristas e funcionários; dificuldades na contratação de novos prestadores de serviço; paralisação na produção de veículos; e atrasos na obtenção de documentos e autorizações essenciais à operação.

A extensão desses impactos dependerá de fatores futuros imprevisíveis, como a duração e severidade do surto, medidas adotadas para contenção, e a velocidade da retomada econômica. A Companhia também reconhece que a eficácia das campanhas de vacinação e das políticas públicas de saúde poderá influenciar diretamente a recuperação dos setores impactados.

Caso medidas restritivas, como lockdowns, venham a ser novamente adotadas por autoridades públicas, isso poderá agravar os riscos descritos e afetar negativamente as condições financeiras e operacionais da Companhia. Tais efeitos podem levar ao aumento de custos operacionais, restrição no acesso a suprimentos ou serviços e outros desafios operacionais relevantes.

O mercado de atuação da Companhia tem mão de obra especializada e sua habilidade de atrair, treinar e reter profissionais capacitados em todos os níveis da Companhia pode impactar de forma adversa e relevante os resultados da Companhia

O mercado de atuação da Companhia é competitivo e depende de mão de obra especializada e qualificada para gerir as operações com eficiência, implementar e operar novas tecnologias e desenvolver soluções adequadas para aos clientes. Há competição por profissionais com estas experiências e capacitações, assim como carência de mão de obra.

Não é possível garantir que a Companhia conseguirá atrair ou manter profissionais qualificados, conforme a demanda e velocidade de cada um dos negócios, para gerir, implementar e operar novas tecnologias e desenvolver soluções, ou que não incorrerá em custos substanciais para tanto, o que pode prejudicar os resultados da Companhia.

Na medida em que a Companhia expande seus negócios, pode ser incapaz de identificar, contratar e manter trabalhando na Companhia um número suficiente de profissionais qualificados e alinhados à sua cultura corporativa. Tal falha poderia resultar em uma piora em seu atendimento ao cliente e consequentemente em um enfraquecimento da marca. O insucesso em manter tal cultura, qualidade e marca pode afetar adversamente os negócios e resultados operacionais da Companhia.

Estamos sujeitos a compromissos financeiros restritivos (covenants)

A Companhia está sujeita a compromissos financeiros restritivos de acordo com termos e condições de instrumentos de dívida celebrados.

Os contratos financeiros da Companhia e seus instrumentos de dívida incluem cláusulas que exigem a manutenção de certos indicadores financeiros. A Companhia pode não ser capaz de atender aos referidos covenants financeiros e demais obrigações estabelecidas com seus credores em virtude de condições adversas de seu ambiente de negócios como a falta de liquidez ou retração do mercado em que atua. Em consequência, pode-se deflagrar o vencimento antecipado de dívidas, além do vencimento antecipado cruzado ou do inadimplemento cruzado (cross default e cross acceleration) de outras obrigações da Companhia, conforme cláusulas presentes em seus contratos de empréstimos e financiamentos existentes. O vencimento antecipado de qualquer de seus contratos financeiros pode afetar a sua capacidade em honrar seus compromissos e acarretar um impacto adverso relevante nos negócios da Companhia e em sua situação financeira.

Além disso, o vencimento antecipado das dívidas pode restringir a capacidade da Companhia de realizar investimentos e de novas contratações de dívidas. Adicionalmente, tal evento pode afetar negativamente os negócios, bem como a condição financeira e os resultados da Companhia.

Como a Companhia está inserida em um setor econômico que requer uso de capital intensivo na aquisição e renovação de sua frota, a restrição para captação de novos empréstimos pode inviabilizar a mobilização de novos contratos operacionais. Para mais informações, veja o item 2.1 deste Formulários de Referência.

Estamos sujeitos ao risco de reavaliação do rating

O rating local corporativo da Companhia estabelecido pela Standard & Poors e pela Fitch Ratings que, na presente data, é “AA-” com perspectiva estável por ambas as empresas, poderá ser impactado pela alteração do rating soberano do Brasil, perspectiva negativa para o setor ou outros itens destacados como redução na geração de caixa. Caso haja rebaixamento do rating da Companhia, suas escrituras de debêntures e outros instrumentos de dívida poderão exigir a convocação de uma Assembleia Geral de Debenturistas ou a manifestação de outros credores, que decidirão a respeito do vencimento antecipado das debêntures ou de outros instrumentos de dívida. Qualquer rebaixamento do rating da Companhia pode implicar em aumento de custo para captação de recursos, pagamento de fees relacionados a waivers, renegociação do endividamento atual e tornar o acesso a crédito no mercado de capitais mais seletivo, tendo impacto adverso relevante na condução de seus negócios.

Podemos não ser bem-sucedidos em nossa estratégia de aquisições.

Consideramos efetuar aquisições de outras empresas de logística como uma de nossas estratégias de crescimento. Aquisições envolvem inúmeros riscos, incluindo dificuldades de integração das operações da empresa adquirida, participação em mercados nos quais não temos experiência ou temos experiência limitada, perda potencial de clientes, de executivos-chave e empregados da empresa adquirida e risco de exposição a responsabilidades relativas a contingências ou passivos incorridos pela empresa adquirida. Todos esses riscos podem ter um efeito adverso em nossos negócios e resultados operacionais. Adicionalmente, podemos ser considerados responsáveis por quaisquer contingências não identificadas previamente em futuras aquisições, na qualidade de sucessores das empresas adquiridas. Caso tenhamos que incorrer em custos ou despesas associadas a tais contingências, nossa condição financeira e nossos resultados operacionais poderão ser adversamente afetados.

Além disso, quaisquer aquisições de maior porte que viermos a considerar poderão estar sujeitas à obtenção de autorizações das autoridades brasileiras de defesa da concorrência e demais autoridades brasileiras. Poderemos não ter sucesso na obtenção de tais autorizações necessárias ou na sua obtenção em tempo hábil.

Adicionalmente, aquisições futuras poderão requerer um maior endividamento, o qual poderá afetar adversamente nossos resultados. Poderemos vir a ter que captar recursos adicionais por meio de operações de emissão pública ou privada de ações ou valores mobiliários conversíveis em ações, o que poderá resultar na diluição da participação de nossos acionistas no nosso capital social.

No caso de efetivação de aquisições futuras, não podemos garantir que seremos capazes de integrar as empresas adquiridas ou seus bens em nossos negócios de forma bem sucedida. O insucesso na nossa estratégia de novas aquisições pode impactar adversamente os nossos resultados.

Nosso negócio requer capital intensivo de longo prazo para financiamento da renovação de nossa frota e pode ser insuficiente para implementar com sucesso nossa estratégia de crescimento.

A Companhia depende da sua capacidade de captar recursos, seja por meio de endividamento ou aumento de capital, para manter sua competitividade e executar sua estratégia de crescimento. No entanto, não há garantias de que esses recursos estarão disponíveis nos termos e condições necessários, seja por conta de adversidades macroeconômicas, como restrições de crédito ou elevação significativa das taxas de juros, seja por fatores externos ou pelo próprio desempenho da Companhia. Tais dificuldades podem afetar adversamente, e de forma relevante, a situação financeira da Companhia.

A eventual incapacidade de obter novos financiamentos, refinanciar dívidas existentes ou renovar garantias de seguros em prazos adequados pode comprometer o cumprimento das obrigações financeiras e limitar a exploração de novas oportunidades de negócios. Esse risco pode ser agravado por pandemias ou surtos epidemiológicos, que tendem a dificultar o acesso a crédito e impor restrições de caixa, com impactos potenciais no relacionamento com terceiros, incluindo fornecedores.

Caso tais recursos não sejam obtidos tempestivamente, a Companhia poderá ser forçada a buscar capital adicional antes do previsto, postergar seus planos estratégicos ou mesmo renunciar a oportunidades de mercado. Adicionalmente, é possível que futuras operações de financiamento venham a conter cláusulas mais restritivas, exigindo garantias ou impondo limitações operacionais, especialmente em um cenário de crise econômica e escassez de crédito. A impossibilidade de captar recursos adicionais em condições satisfatórias poderá afetar negativamente os negócios e o crescimento da Companhia.

A Companhia está sujeita ao risco de não renovação de contratos com seus principais clientes ou não celebração de novos contratos de terceirização de frotas

A gestão e terceirização de frotas (GTF) junto a clientes representa uma importante atividade da Companhia e foi responsável por 22,5%, 26,1% e 16,6% de sua receita líquida de vendas e serviços consolidada nos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2024, 2023 e 2022, respectivamente. Este segmento é tipicamente baseado em contratos de longo prazo com clientes, e a ampliação e diversificação desta carteira é um elemento importante na estratégia de negócios da Companhia. Dessa forma, o insucesso na implementação de sua estratégia para este segmento pode gerar efeitos adversos.

A não renovação de contratos de terceirização de frotas, com seus principais clientes, pode gerar efeitos adversos financeiros à Companhia, apresentando impacto direto à sua receita operacional.

O insucesso na implementação da estratégia de expansão para conquistar novos clientes ou caso os atuais clientes não renovem os contratos, ou caso a Companhia não seja capaz de fechar novos contratos desses serviços, poderá sofrer uma redução significativa da sua receita, afetando adversamente seus negócios, sua condição financeira e seus resultados operacionais.

O valor de revenda de ativos utilizados nas nossas operações é importante para o retorno esperado dos nossos contratos.

Nos segmentos de Gestão e Terceirização de Frotas – GTF”, Logística Dedicada e Plataforma de Mobilidade, a Companhia atua em um ciclo que se inicia com a compra dos ativos a serem utilizados na prestação de serviços a seus clientes e sua posterior revenda ao final dos contratos. A precificação destes contratos leva em consideração o valor do ativo ao término deste ciclo, sendo o seu volume e preço na revenda elementos importantes para a Companhia alcançar o retorno esperado de cada operação. A restrição ao crédito e aumento da taxa de juros, por exemplo, podem afetar direta ou indiretamente o mercado secundário desses ativos e reduzir de forma significativa a sua liquidez. A volatilidade de preços de mercado pode, ainda, reduzir o valor de revenda de ativos da Companhia, criando um maior deságio em relação ao preço de aquisição destes ativos. A Companhia não pode prever o comportamento do mercado na revenda destes ativos e qualquer oscilação na sua precificação pode afetar de forma adversa seus negócios.

Aumentos significativos na estrutura de custos de nosso negócio podem afetar negativamente nossos resultados da Companhia

A Companhia está sujeita a riscos relacionados à dificuldade de repassar o aumento de seus custos para seus clientes, incluído o aumento no preço de combustíveis, peças automotivas, pneus, o aumento com custos trabalhistas e aumento de aluguéis, por meio do aumento no preço de seus serviços. O aumento nestes custos pode levar a um efeito material adverso na condição financeira da Companhia ou no seu resultado operacional. O preço e disponibilidade de insumos dependem de fatores políticos, econômico e condições de mercado que estão além do controle da Companhia, que não pode prever quando os preços desses insumos sofrerão alterações. Os negócios da Companhia também podem ser afetados adversamente no caso de paralisações de trabalho, greves, redução de carga horária de seus prestadores de serviços, inclusive de terceirizados. Qualquer paralisação ou redução da carga horária ou questões envolvendo caminhoneiros ou motoristas poderão afetar adversamente os negócios e os resultados operacionais da Companhia.

Além disso, a Companhia está sujeita à riscos relacionados às adversidades de mercado, tais como elevação das taxas básicas de juros e perspectiva.

Temos um acionista controlador definido, cujo interesse poderá diferir daqueles de outros acionistas.

O Grupo Águia Branca, por meio da Águia Branca Participações S.A., tem o poder de controlar a Companhia, inclusive com poderes para: (i) eleger e destituir a maioria dos membros do Conselho de Administração; (ii) estabelecer a política administrativa; (iii) exercer o controle geral sobre a administração e subsidiárias; (iv) vender ou de alguma forma transferir ações que representem o controle da Companhia por ele detidas; (v) determinar o resultado de qualquer deliberação dos acionistas, inclusive operações com partes relacionadas, reorganizações societárias, aquisições e alienações de ativos, submetidos à aprovação dos acionistas, incluindo a venda de todos ou de parte substancial dos ativos, e (vi) determinar a época de distribuição e o pagamento de quaisquer dividendos futuros. Os interesses do acionista controlador poderão não coincidir com os interesses dos demais acionistas, gerando um impacto adverso na condução dos negócios da Companhia.

A Companhia pode enfrentar situações de potencial conflito de interesses em negociações com partes relacionadas, o que pode ter um impacto adverso nos negócios, resultados operacionais, situação financeira e valores mobiliários da Companhia

A Companhia possui e, pode vir a possuir, no futuro, receitas, custos e despesas decorrentes de transações com partes relacionadas.

Os mecanismos, processos e procedimentos da Companhia para avaliação de transações com partes relacionadas podem se mostrar ineficazes ou insuficientes para assegurar que situações de potencial conflito de interesse serão executadas em estrita observância a todas as regras e boas práticas de governança, incluindo, mas sem se limitar, a observância do caráter estritamente comutativo das condições pactuadas ou o pagamento compensatório adequado.

A Política de Transações com Partes Relacionadas da Companhia atualmente em vigor foi aprovada pelo Conselho de Administração da Companhia em 26 de julho de 2021. No entanto, a Companhia pode ter aprovado operações com partes relacionadas antes da aprovação da referida política. Neste sentido, não é possível assegurar que se tivessem sido celebradas após a entrada em vigor da mencionada política as mesmas transações seriam celebradas, ou seriam celebradas nos mesmos termos e condições.

As situações de conflito de interesses com partes relacionadas, podem causar impacto negativo para os negócios da Companhia, o que poderá vir a causar um impacto adverso em seus negócios, reputação, situação financeira e resultados operacionais, bem como a seus acionistas.

Para informações adicionais a respeito das práticas adotadas pela Companhia em relação às transações com partes relacionadas, vide item 11.1 a 11.3 deste Formulário de Referência.

A relativa volatilidade do mercado de capitais brasileiro poderá restringir consideravelmente a capacidade dos investidores de vender nossas ações pelo preço desejado e no momento desejado.

Investimentos em valores mobiliários no Brasil, como em nossas ações, quando listadas, envolvem um grau de risco maior que investimentos em valores mobiliários de emitentes de países cujos cenários políticos e econômicos são mais estáveis, e, adicionalmente, tais investimentos são considerados especulativos por natureza. Esses investimentos estão sujeitos a riscos econômicos e políticos, tais como, dentre outros: alterações no cenário regulatório, tributário, econômico e político que possam afetar a capacidade dos investidores de receber pagamento, no todo ou em parte, relativo a seus investimentos; e restrições ao investimento estrangeiro e à repatriação do capital investido.

Podemos vir a obter capital adicional no futuro por meio da emissão de ações, o que poderá resultar numa diluição da participação dos nossos acionistas em nosso capital social.

Podemos precisar captar recursos adicionais no futuro por meio de emissões públicas ou privadas de ações ou valores mobiliários conversíveis em ações para financiar nossas iniciativas de crescimento. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, mediante o atendimento a determinados requisitos, a captação de recursos por meio da distribuição pública de ações ou valores mobiliários conversíveis em ações pode ser realizada com exclusão do direito de preferência aos nossos acionistas, o que pode, consequentemente, resultar na diluição da participação destes investidores em nosso capital social.

Os riscos aos quais as controladas da Companhia estão sujeitas, dentre outros, são substancialmente os mesmos riscos operacionais, societários e regulamentares a que a Companhia está sujeita, conforme descritos no item 4.1. (a) do Formulário de Referência.

Os resultados da Companhia podem ser adversamente afetados pelo aumento do custo de aquisição de veículos novos

A frota de veículos da Companhia é renovada após um período de utilização de cada veículo. Considerando as frentes de negócios diversas da Companhia e as premissas contratuais de cada tipo de atividade, não é possível determinar um padrão na periodicidade de operação da frota, antes de ser disponibilizada para venda, uma vez que são levados em consideração fatores como ambiente operacional e tipo de veículo, além das necessidades específicas de cada cliente. No entanto, considerando a idade média dos contratos da Companhia, pode-se dizer que os veículos passam, no mínimo, 18 meses em operação.

Dessa forma, os resultados da Companhia podem ser adversamente afetados caso se verifiquem aumentos no custo de aquisição de veículos novos, inclusive aqueles provocados por aumento na demanda por veículos novos ou por alteração das políticas de venda praticada pelos fabricantes, além de fatores externos como inflação e aumento da alíquota de tributos incidentes ou do preço de determinados commodities no mercado internacional.

Caso haja um aumento na demanda pela compra de veículos novos, o que, consequentemente, reduzirá a capacidade dos fabricantes de veículos em atenderem esta demanda e/ou causará aumento de seus preços, ou uma mudança desfavorável na política de venda de veículos às empresas de locação de veículos e GTF ou, ainda, alguma deficiência na produção de veículos, decorrente de oferta de componentes e outros insumos indispensáveis à produção, a Companhia poderá enfrentar aumento de custos e consequente diminuição de suas margens. Como os preços cobrados dos clientes nas atividades de locação de veículos e GTF levam em consideração o custo de aquisição de veículos novos, os negócios, a condição financeira e os resultados da Companhia podem ser adversamente impactados nas referidas hipóteses.

Dessa forma, a Companhia poderá ser negativamente afetada caso não tenha a capacidade de manter os níveis atuais de preços de compra que negociou com os fabricantes devido a um aumento na demanda, mudança de política comercial dos fabricantes ou outros fatores.

As atividades da Companhia dependem do bom relacionamento e da reputação de seus fornecedores, que caso sofram qualquer abalo, podem gerar impactos adversos para a Companhia

A manutenção das atividades da Companhia depende, em grande medida, da condição financeira, da reputação, do marketing, da estratégia gerencial e do relacionamento comercial da Companhia com seus fornecedores. Caso seus fornecedores rescindam ou não renovem seus contratos, por conta de inadimplementos, falta de alcance aos padrões de satisfação, alterações em estruturas internas de gerência e controle societário da Companhia que não contem com suas respectivas aprovações, ou por outros critérios, suas atividades, resultados operacionais e financeiros, podem ser prejudicados. Além disso, se os fornecedores da Companhia deixarem de usar práticas comerciais éticas e de cumprir as leis e regulamentos aplicáveis, como quaisquer leis contra o trabalho infantil ou análogo ao escravo, e de proteção ambiental, a reputação ou patrimônio da Companhia poderão ser prejudicados devido à publicidade negativa ou a imposição de responsabilidades solidárias ou subsidiárias. Caso a Companhia tenha desentendimentos comerciais com seus fornecedores, em especial aqueles com produtos/serviços mais restritos, como fornecedores de combustível, pneus e lubrificantes, os resultados operacionais e financeiros da Companhia podem ser afetados de forma adversa.

A Companhia é uma prestadora de serviços e seus resultados dependem da base de clientes e do volume de negócios por eles gerados e, caso haja uma redução no volume desses negócios, a Companhia poderá ser adversamente afetada

Por ser uma prestadora de serviços, os resultados da Companhia dependem dos contratos celebrados com seus clientes, dentre outros fatores relacionados à sua base de clientes, incluindo a manutenção de políticas de relacionamento, políticas de crédito, manutenção das demandas e da satisfação com seus serviços e a ausência de efeitos materiais adversos nos negócios dos clientes. Uma redução no volume dos negócios com os principais clientes, pode resultar em uma redução nas margens operacionais da Companhia devido à redução de escala e à consequente redução na diluição dos custos fixos. Ainda, se os clientes da Companhia sofrerem efeitos econômicos materiais adversos causando uma menor demanda pelos serviços ou aumentando de forma significativa o índice de inadimplência dos clientes, os resultados financeiros da Companhia poderão ser afetados de maneira adversa, principalmente quando considerado o custo da Companhia com o grande número de ativos imobilizados que utiliza para atendimento aos clientes.

Um percentual substancial dos negócios da Companhia advém da prestação de serviços a um número limitado de clientes. As operações da Companhia podem ser afetadas de maneira adversa se os seus negócios com esses clientes reduzirem de maneira significativa (seja em volume, seja em preço) ou se a capacidade desses clientes de efetuar pagamentos, ou fazê-lo em dia, for comprometida

13,5% da receita com prestação de serviços da Companhia foi proveniente dos serviços prestados ao seu maior cliente. Se, por alguma razão, os negócios da Companhia com seus principais clientes diminuírem de forma significativa, incluindo a condução, por esses clientes, de suas próprias operações de logística e transporte, ou se a capacidade desses clientes de realizar os pagamentos, ou de fazê-los em dia, pelos serviços da Companhia for afetada de maneira negativa, os negócios e resultados operacionais da Companhia podem ser afetados de maneira adversa.

Além disso, a maioria dos contratos da Companhia com seus clientes contém cláusulas que permitem a rescisão antecipada pelo cliente, mediante notificação prévia de pelo menos 30 (trinta) dias, por qualquer motivo e geralmente sem multa. No término de cada um destes contratos, a Companhia estará sujeita à concorrência de seus competidores, e não pode garantir que conseguirá renová-los ou renová-los nos mesmos termos dos contratos anteriores. A perda de um ou mais destes grandes clientes para os seus concorrentes poderá afetar de maneira relevante e adversa os negócios, a condição financeira e os resultados operacionais da Companhia.

Flutuações em alguns setores sazonais nos quais nossos clientes operam podem ter efeitos adversos no nosso negócio.

Alguns dos clientes da Companhia atuam em mercados sazonais, sendo que flutuações em alguns destes setores podem ter efeitos adversos na Companhia. Ademais, alguns dos produtos que a Companhia transporta têm apresentado um padrão de sazonalidade de preço tipicamente influenciado pelo ambiente econômico geral e pela capacidade e demanda do setor. A Companhia não pode garantir que os preços e a demanda desses produtos não sofrerão redução no futuro, afetando adversamente esses setores e, por sua vez, seus negócios e resultados financeiros.

Falta de conservação das rodovias brasileiras ou de melhorias à infraestrutura rodoviária brasileira podem afetar adversamente nossos negócios.

As atividades da Companhia dependem fundamentalmente do transporte rodoviário. A Companhia não controla a manutenção e preservação das rodovias brasileiras nas quais opera ou a periodicidade e natureza das melhorias à infraestrutura rodoviária brasileira. A falta de conservação de parte significativa das rodovias brasileiras aumenta a probabilidade de ocorrência de acidentes, avarias ou perda de carga, aumentando também o tempo de trânsito e os custos da manutenção da frota da Companhia.

Adicionalmente, durante a estação de chuvas, algumas rodovias no Brasil, particularmente aquelas localizadas na região Sudeste, podem ficar bloqueadas devido a deslizamentos de terra, causando acidentes e atrasos. Se houver interrupções de serviços em ruas e rodovias ou se o governo ou as concessionárias privadas não repararem os mencionados danos rapidamente, os negócios e resultados operacionais da Companhia podem ser material e adversamente afetados.

Se tais ocorrências se tornarem recorrentes e os investimentos necessários em infraestrutura não forem realizados pelo Governo Federal ou pelas concessionárias de rodovias, conforme o caso, a Companhia pode sofrer um aumento de seus custos operacionais, que podem não ser repassados e aceitos por clientes, o que poderá impactar adversamente seus resultados.

Uma queda no nível de atividade econômica no Brasil poderá reduzir a demanda nos setores de transportes, logística e infraestrutura, afetando adversamente a Companhia

Os resultados operacionais da Companhia podem ser fortemente afetados pelo nível de atividade econômica no Brasil. Uma redução na atividade econômica tipicamente pode resultar em uma redução na demanda de seus clientes. E, na hipótese de uma queda na demanda por produtos e serviços, a Companhia poderá não ser capaz de manter o volume de atividades e, adicionalmente, ter que reduzir o tamanho de sua frota. Esses e outros fatores poderão afetar negativamente seus resultados operacionais devido à perda de escala decorrente da diluição de custos fixos. Além disso, uma queda no nível de atividade econômica no Brasil também poderá afetar negativamente os resultados do segmento de venda de veículos usados, o que pode impactar adversamente a condição financeira e os resultados operacionais da Companhia.

A substancial competição, principalmente de outros prestadores de serviços de logística e transporte, pode prejudicar o desenvolvimento das atividades da Companhia

O segmento de transporte de cargas é altamente competitivo e fragmentado. A Companhia compete com diversos concorrentes formais e informais no segmento de serviços logísticos. A competição é baseada fundamentalmente em capacidade disponível, qualidade de serviço, confiabilidade, tempo de deslocamento e escopo das operações. Ainda, a competição resulta fundamentalmente na redução das margens nos segmentos de atuação. É possível que os atuais clientes da Companhia desenvolvam mecanismos internos de transporte e logística por meio da diversificação de suas próprias operações, o que tornaria os serviços da Companhia supérfluos.

É ainda possível que empresas de outros segmentos, ou novas empresas, passem a atuar no setor e consigam se estabelecer no mercado, aumentando esta competição. Novas tecnologias e modelos de negócios podem, ainda, reduzir a necessidade de intermediação em alguns dos setores em que a Companhia opera. Caso a Companhia não seja capaz de atender à demanda de serviços e preços de seus clientes da mesma forma que seus concorrentes para superá-los e manter ou aumentar sua participação no mercado, os resultados da Companhia poderão ser adversamente afetados de forma relevante.

As leis e regulamentos ambientais e de saúde e segurança do trabalho podem exigir dispêndios maiores que aqueles em que atualmente incorremos para seu cumprimento e o descumprimento dessas leis e regulamentos pode resultar em penalidades civis, criminais e administrativas.

Nossas atividades estão sujeitas à abrangente legislação federal, estadual e municipal, assim como a regulamentos, autorizações e licenças, relativos à vigilância sanitária, à proteção da saúde e segurança do trabalho e do meio ambiente.

Qualquer descumprimento dessas leis, regulamentos, licenças e autorizações, ou falha na sua obtenção ou renovação, podem resultar na aplicação de penalidades criminais e administrativas, tais como imposição de multas, cancelamento de licenças e revogação de autorizações, além da publicidade negativa e responsabilidade pelo saneamento ou por danos

ambientais, bem como a sanções civis de reparação do dano ambiental. Já incorremos e continuaremos a incorrer em dispêndios de capital e operacionais para cumprir essas leis e regulamentos. Devido à possibilidade de regulamentos ou outros eventos não previstos, especialmente considerando que essas leis se tornem mais rigorosas no Brasil, o montante

e prazos necessários para futuros gastos para manutenção da conformidade com os regulamentos pode aumentar e afetar de forma adversa a disponibilidade de recursos para dispêndios de capital e para outros fins. A conformidade com novas leis ou com as leis e regulamentos em vigor podem causar um aumento nos nossos custos e despesas, resultando,

consequentemente, em lucros menores.

Nossos sites estão localizados em várias regiões do Brasil com atividades de características administrativas, operacionais e de manutenção. Apesar das diferentes localidades, os fatores quanto à exposição aos riscos socioambientais são comuns uma vez que a intensificação da urbanização na última etapa da modernidade gerou inúmeros problemas relacionados à qualidade e condições de vida humana nas cidades gerando consideráveis desafios à gestão socioambiental.

A falta de planejamento público e a ausência de uma maior consciência socioambiental constituem os problemas ambientais urbanos, como a poluição das águas de rios e lagos, o aumento das temperaturas, a ocorrência de chuvas ácidas (fruto da emissão de gases tóxicos na atmosfera) gerando as mudanças climáticas.

O crescimento das cidades provoca a impermeabilização do solo e gera inúmeros problemas com sérias consequências, muitas das quais levando a alterações na drenagem urbana e, consequentemente, repercutindo negativamente na saúde dos habitantes.

O problema da qualidade da água e da gestão dos recursos hídricos é um fator de relevante impacto nas organizações. Notadamente os rios urbanos, em sua grande maioria, encontram-se altamente degradados gerando a escassez da água vindo a gerar risco de impacto negativo às operações, uma vez que o uso da é uma questão fundamental para assegurar a qualidade no atendimento com a conservação e lavagem da frota, bem como uso primário para a força de trabalho.

Projeções climáticas realizadas pelo Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) e pelo Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) indicam que futuramente o Brasil poderá ser impactado pelas mudanças no clima de forma ainda mais severa e frequente1. Neste cenário, é essencial a ação de medidas para evitar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), causadoras das mudanças no clima, e também iniciativas para se adaptar aos eventos climáticos que estão
ocorrendo e irão ocorrer.

Evidências das mudanças no clima já podem ser percebidas principalmente através de eventos climáticos extremos. O aumento da temperatura, secas e enchentes podem afetar diretamente a produtividade e geração de resultados da companhia. O risco de impacto indireto das mudanças climáticas pode vir a aumentar pressões de regulamentações, exigências de investidores, clientes e fornecedores. As decisões que envolvem o gerenciamento de resíduos sólidos urbanos são fundamentalmente decisões sobre saúde pública e requerem, portanto, a integração entre políticas econômicas, sociais e ambientais. Há um complexo desafio para as grandes cidades na gestão de resíduos sólidos que objetivem eliminar os riscos à saúde e ao ambiente, que colaborem na mitigação das mudanças climáticas relacionadas à ação humana.
Iniciativas para a redução da quantidade de material descartado em aterros, como a coleta seletiva para posterior reciclagem, ainda caminham lentamente.

O manejo adequado dos resíduos é uma importante estratégia de preservação do meio ambiente, assim como de promoção e proteção da saúde. Uma vez acondicionados em aterros, os resíduos sólidos podem comprometer a qualidade do solo, da água e do ar, por serem fontes de compostos orgânicos voláteis, pesticidas, solventes e metais pesados, entre outros.

A decomposição da matéria orgânica presente no lixo resulta na formação de um líquido de cor escura, o chorume, que pode contaminar o solo e as águas superficiais ou subterrâneas pela contaminação do lençol freático. Pode ocorrer também a formação de gases tóxicos, asfixiantes e explosivos que se acumulam no subsolo ou são lançados na atmosfera gerando risco de contaminação de solo e água para consumo, proliferação de vetores e de outros agentes transmissores de doenças.